Participaram no Painel Digital Leaders – Futuro das Infraestruturas, Teresa Rosas Head of IT da Fidelidade e César Pestana Presidente da ESPAP, com João Freire de Andrade da Portugal Fintech a orientar o Painel.
Após a sumária apresentação sobre o que consiste a Portugal Fintech, João Freire de Andrade lançou a questão que iria orientar a discussão entre os participantes «como é que podemos usar as capacidades que a infraestrutura nos dá para conseguirmos receber os inputs externos, que nos vão fazer acelerar e catalisar a própria digital transformation?».
Foi Teresa Rosas, Responsável pelo IT e área Digital da Fidelidade, quem deu início às apresentações sob o tema “O Futuro das Infraestruturas”, tendo começado por explicar do que se trata a Fidelidade Digital Journey. Esta visão é centrada em tornar a Fidelidade uma organização customer centric e com uma lógica de ser um digital insurer, tomando partido de todos os ecossistemas existente no Grupo Fidelidade. Tal como Teresa Rosas referiu «se queremos inovar não podemos estar a pensar num produto isolado, temos de nos pôr nos pés do cliente, qual a sua jornada e quais são os momentos efetivos que o cliente tem e em quais deles precisa da Fidelidade.». Este processo, passa não só pelo foco no consumidor, como também na capacitação das equipas, tal como conclui a responsável pelo IT da Fidelidade «Queremos ir além do desenvolvimento de software, introduzindo a agilidade e a colaboração. Para isso, continuamos a trabalhar no crescimento da maturidade das equipas e a desenvolver o modelo agile.». César Pestana, presidente da ESPAP, apresentou-nos o trabalho que a ESPAP tem vindo a fazer na área das infraestruturas tecnológicas, explicando de que forma os Serviços Partilhado da Administração Pública implementaram a estratégia de adoção da cloud na Administração Pública. Esta estratégia é assente em 4 eixos, tal como falou César Pestana: investir nas pessoas, desenvolver a gestão, explorar a tecnologia e reforçar a proximidade. Esta estratégia engloba vários agentes e ecossistemas, onde é dado benefícios a modelos cloud e a soluções em modelos SaaS, garantindo a segurança e a soberania dos dados, estabelecendo uma framework de adoção, monitorizando a qualidade e definindo à priori uma estratégia de saída dos serviços sempre que necessário. César Pestana terminou a sua apresentação reforçando que «As recomendações apresentadas devem ser enquadradas num plano de gestão de mudança que fomente a preparação para a formação e a partilha de conhecimento.».
Ambos os participantes no painel concluíram a discussão falando do Processo da Transformação Digital. Na ótica de Teresa Rosas «A cultura experimental é essencial a esta transformação» e do ponto de vista de César Pestana «Neste contexto é preciso distinguir as organizações que se adaptaram porque estão à espera de um dia voltar ao modelo antigo , das organizações que se adaptaram e que incorporaram a mudança e que já não voltarão ao modelos antigo. Estou convidado que este 2.º grupo é superior ao 1.º.». A coexistência das grandes organizações com as start-ups foi o tema que concluiu este painel, quase comparado à metáfora de um porta-aviões acompanhado de pequenas lanchas que podem ajudar no que fizer sentido (João Freire de Andrade), explicando que ambas precisam do apoio um da outra para avançar na Transformação Digital.