O Painel que se dedicou a falar de Digital Transformation no Setor Financeiro-Tecnológico, contou com a presença de João Freire Andrade da Portugal Fintech, Ruca Sousa Marques da Switch Payments, Domingos Bruges da Habit Analytics, e Ricardo Costa da LOQR.
À semelhança dos painéis Digital Lab do IDC Directions 2020, o painel “Digital Transformations do Setor Financeiro” iniciou com uma apresentação do Host João Freire de Andrade sobre o que é a Portugal Fintech e qual o seu papel no setor das Fintech, Insurtechs e Regtechs, onde «a ideia é ter todos os ingredientes para que a chegada ao mercado seja o mais rápida possível.». João Freire de Andrade terminou a apresentação como uma analogia que deu o pontapé de saída para o painel: à semelhança de Mercúrio que demora 80 dias a dar volta ao Sol e Júpiter que demora 12 anos, também as startups têm maior rapidez de reação e as grandes empresas podem demorar mais, dado que são compostas por processos mais estruturados. E assim foi dado a palavra a Ruca Sousa Marques, Co-Founder e CEO da Switch Payments.
A Switch Payments é um acquiring-as-a-service e permite fazer a ligação entre toda a cadeia de pagamentos através de uma única plataforma, permitindo um maior controlo por parte dos comerciantes. Ruca Sousa Marques contextualizou a Switch Payments no cenário dos últimos anos das fintechs, começando por falar da evolução do setor, bem como a forma como a transformação digital afetou a relação entre comerciantes, utilizadores e entidades financeiras. O CEO e Co-founder da Switch Payments acrescentou ainda «a realidade é que estamos completamente agarrados a sistemas legacy. Os novos challengers sabem perfeitamente que os ciclos de inovação reduziram e com isso a capacidade de desenvolver o que outrora era possível de desenvolver in-house, deixou de ser possível.».
De seguida, foi passada a palavra a Domingos Bruges, Founder e CEO da Habit Analytics, que atua no setor das Insurtechs. A indústria das seguradoras tem na génese diversos problemas desde o último século e a Habit veio ajudar a ter produtos de valor acrescentado para o cliente final. A empresa que se classifica como Insurtech, ajuda as seguradoras a criar produtos no contexto e dia a dia do tomador da apólice, tal como referiu: «a nossa plataforma permite que o produto seja distribuído em canais contextuais: isto significa que já não necessito de entrar no agente fisicamente, vai haver um botão para adicionar cobertura para uma determinada situação».
A apresentação das empresas terminou com Ricardo Costa, CEO e Co-Founder da LOQR, uma marca que não é para o utilizador final, mas sim para o banco, tal como começou por dizer. A LOQR classifica-se em três áreas diferentes: cybertech, regtech e fintech, acrescentando ainda o CEO que «Somos muito focados nos serviços financeiros. Tudo aquilo que fazemos é especializado e montado a partir daquilo que os clientes nos pedem, com foco em produto e em base digital.». A LOQR é uma plataforma chave-na-mão e onde todas as ferramentas criadas giram em torno de conceitos como know-your-customer, know-your-business, assinatura digital de contratos, autenticação, comunicação e engagement, interação com componentes de pagamentos e certificação digital.
Apresentações feitas, avançou-se para a discussão, onde João Freire de Andrade teve oportunidade de fazer algumas questões ao painel que moderou. Foi questionada a LOQR sobre qual o seu principal use case, porta de entrada e “end-game”, sendo seguida pela Habit Analytics que foi questionada quanto à “desmediação” do setor dos seguros e de que forma isso poderá ser um desafio para a entrada no mercado. Por fim, foi questionada a Switch sobre quais os desafios que são mais chamados a resolver. O painel seguiu com uma discussão muito rica sobre de que forma as empresas emergentes na área da banca, seguros e regulamentação, de base tecnológica, podem ajudar na transformação digital das empresas.