Como é que as organizações se transformam para fazer face à pandemia?

Como é que as organizações se transformam para fazer face à pandemia, foi o tema em análise no Digital Lab do IDC Directions 2020, que contou com a presença de Bruno Castro Associated Partner da IDC & Partner da Zertive, Ana Gomes, CFO da Medinfar, Filipe Morla RP, Functional Support & Integration na Mota Engil, e Sérgio Trindade, CIO da EPAL.

IDC Directions 2020: Bruno Castro (IDC & Zertive); Ana Gomes (Medinfar); Filipe Morla (Mota Engil); Sérgio Trindade (EPAL)

Como é que as organizações se transformaram para fazer face à pandemia, foi o tema em análise no Digital Lab do IDC Directions 2020, que contou com a presença de Bruno Castro Associated Partner da IDC & Partner da Zertive, Ana Gomes, CFO da Medinfar, Filipe Morla RP, Functional Support & Integration na Mota Engil, e Sérgio Trindade, CIO da EPAL.

Bruno Castro, Associated Partner da IDC & Partner da Zertive, começou por contextualizar o painel com um Research da IDC, que compara o que era a perspetiva de investimento em Transformação Digital antes da pandemia e como é a realidade no contexto atual. Após uma esclarecedora apresentação, Bruno Castro, concluiu que temos um crescimento que continua a ser muito saudável em termos de Transformação Digital, que continua a ser de 2 dígitos. Em termos de tecnologias, vamos continuar a ter o IoT, mobility, big data e analytics como pilares. A inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual também terão mais peso, mais investimento e mais crescimento.

De seguida, o Associated Partner da IDC & Partner da Zertive, passou a palavra a Ana Gomes, CFO da Medinfar, que avançou para o contexto da Medinfar na pandemia, que conta como uma força de vendas (Delegados de Informação Médica) que tradicionalmente tem uma relação pessoal com os médicos. A Medinfar nunca parou de funcionar, no entanto, teve de criar todas as medidas de contingência para manter as pessoas. A força de vendas foi altamente impactada, uma vez que a DGS impediu os Delegados de Informação Médica de visitar farmácias e médicos, tendo para isso que, numa fase inicial, formar os colaboradores e, numa segunda fase, avançar para visitas digitais. Esta adaptação, fosse da parte dos Delegados, fosse da parte dos médicos, não foi fácil, uma vez que são muitos anos com o tradicional face-to-face onde é necessário trabalhar a confiança.

Da parte da Mota-Engil Serviços Partilhados, marcou presença Filipe Morla, RP, Functional Support & Integration, que começou por explicar que a Mota Engil Serviços Partilhados é como uma fábrica, só que no lugar de máquinas, tem pessoas, sendo preciso pegar em toda essa estrutura e colocá-la em casa. Esta organização suporta o grupo Mota Engil nas áreas Financeira, RH e IT, e já contactava à distância com os colegas de África e América Latina. Com a pandemia as equipas de hardware e os processos foram adaptados para nada parar. Tal como disse Filipe Morla «Conseguimos, com alguma rapidez, manter a operação a partir de casa (150 colaboradores) com sucesso assinalável.».

A fechar as apresentações, tivemos Sérgio Trindade, CIO da EPAL, que começou por salientar que a organização tem mais de 150 anos, que já passou por várias crises e que tem no seu ADN a inovação, olhando para os processos ao longo dos anos. «Ninguém estava preparado para esta pandemia, mas esta preparação acabou por ajudar». Uma vez que está diretamente envolvida em abastecer água a mais de 3 milhões de pessoas, a pandemia poderia ter um impacto muito grande, no entanto, a EPAL conseguiu reorganizar-se e usar a tecnologia para reagir rapidamente, «para dar uma ideia, nós entregámos cerca de 400 portáteis numa semana.». Na opinião do CIO, «Abriram-se duas grandes portas: uma que as empresas estavam mais preparadas do que aquilo que acreditavam, quer do ponto de vista de IT, quer da sua própria organização, outra que há uma grande vontade de fazer mais - aqueles processos que eram difíceis de alterar, a tal digitalização. Neste momento o grande desafio é tudo o que vem aí, com a expectativa para poder melhorar».

O painel finalizou com a partilha por parte da EPAL, Mota-Engil e Medinfar do que é que mudou em termos de prioridades no roadmap.

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