Embora não seja um conceito completamente novo, o Metaverso está a ganhar impulso e a gerar entusiasmo. O Facebook deu o pontapé de saída, quando anunciou a sua nova marca Meta[1], revelando que o futuro da empresa estará baseado no Metaverso. Muitos outros anúncios se seguiram, incluindo a planeada aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, com o objetivo de proporcionar os building blocks do Metaverso.[2]
O Metaverso combinará muitos aspetos das tecnologias digitais, incluindo ferramentas de trabalho, jogos, criptomoedas, realidade virtual, redes sociais, e-commerce, eventos ao vivo, etc., de uma forma muito imersiva e interoperável. Não se trata de uma criação de uma única empresa, mas sim de um produto do ecossistema digital global. Citando Mark Zuckerberg, o Metaverso será “the next frontier”.
O Metaverso é jovem e atraente, captando investimentos crescentes a um ritmo semanal e com previsões de maiores aquisições em 2022 (“Intro to the Metaverse”, Newzoo Trend Report 2021). Já há muitas indústrias a prepararem o terreno para o Metaverso. As primeiras a entrar neste comboio em movimento foram as da música, desporto, TV e cinema, moda e retalho; espera-se que os próximos setores a embarcar sejam os dos transportes, defesa e farmacêutico.
Existem muitas possibilidades interessantes para o Metaverso. Por exemplo:
• Os engenheiros do setor automóvel poderão realizar testes de colisão virtuais (sem necessidade de dummies).[3]
• As grandes cadeias de retalho poderão explorar a área dos bens virtuais e das criptomoedas.[4]
• As empresas de gaming poderão introduzir recompensas virtuais, transacionáveis através de dinheiro real, ou guardadas em carteiras ou bancos de criptomoedas.
O Metaverso assenta na tecnologia do amanhã, e, por isso, não o poderemos alcançar recorrendo à infraestrutura de TI do passado. Nesse sentido, as empresas deverão abandonar a abordagem tecnológica tradicional e substituí-la por uma infraestrutura digital moderna e distribuída, para conseguirem tirar o melhor partido da promessa do Metaverso.
Raja Koduri, da Intel, argumentou recentemente que a computação imersiva e em tempo real, capaz de suportar o Metaverso a uma escala global, irá exigir uma eficiência computacional 1.000 vezes maior do que o estado da arte atual[5]. Para renderizar avatares de forma realista num mundo virtual e permitir que os utilizadores interajam com objetos e outros avatares em tempo real, será necessário captar, transmitir, analisar e manipular volumes incomensuráveis de dados, com uma latência extremamente baixa.
O futuro e o Metaverso dependem da infraestrutura digital
As empresas têm a oportunidade de implementar uma infraestrutura digital preparada para o Metaverso, mas precisam de ser proativas para que isso aconteça. Para tanto, devem interagir no edge digital – próximo dos utilizadores finais – disponibilizando experiências diferenciadas, na proximidade dos principais centros populacionais, sem restrições em termos de latência.
O estudo da Equinix Global Interconnection Index (GXI) Volume 5 mostra como as organizações, a nível global, estão a aumentar o consumo de largura de banda de interconexão, para ultrapassarem os desafios mais urgentes. Os dados do GXI permitem-nos entender de que modo uma infraestrutura digital otimizada pode constituir uma grande vantagem competitiva.
Além disso, o GXI revela de que forma as empresas líderes digitais estão a colocar a ênfase nos três componentes da infraestrutura digital: core digital, ecossistema e edge. Cada um deles tem um papel a desempenhar na habilitação do Metaverso:
• Core digital – romper os silos:
As arquiteturas de TI tradicionais baseiam-se em data centers centralizados e em silos. Mas hoje, apenas algumas cargas de trabalho críticas precisam de estar on-premises, mas mesmo estas podem estar adjacentes à cloud.
• Ecossistema digital – superar os desafios em conjunto:
Construir o Metaverso é um desafio demasiado ambicioso para uma única empresa. Este projeto irá exigir um ecossistema de parceiros trabalhando em conjunto, incluindo provedores de serviços de cloud e redes, assim como parceiros de interconexão independentes em relação a fornecedores.
• Edge digital – ir ao encontro dos utilizadores:
Para tornar o Metaverso possível, é fundamental implementar a infraestrutura no edge digital, ou seja, próximo dos utilizadores finais. Os volumes gigantescos de dados que serão gerados pelo Metaverso não podem “viajar” constantemente entre utilizadores e hubs de TI centralizados, pois isso criaria níveis elevados de latência. A infraestrutura no edge permite que os dados permaneçam locais e com uma latência aceitável.
A Equinix pode ajudar as empresas a começar a construir o Metaverso hoje
Como empresa mundial de infraestrutura digital, a Equinix possui a presença global, o ecossistema de parceiros e os recursos técnicos necessários para tornar o Metaverso uma realidade. Com mais de 235 data centers em 65 grandes áreas metropolitanas em todo o mundo, a Equinix ajuda os seus clientes empresariais a escalar a infraestrutura distribuída, necessária para disponibilizar os recursos do Metaverso aos utilizadores finais. O ecossistema de parceiros da Equinix, incluindo mais de 3.000 provedores de serviços de cloud e TI, bem como 1.800 provedores de serviços de rede, permite um acesso fácil aos serviços “de ponta” dos principais fornecedores.
Consulte o GXI Vol. 5, para obter mais informações sobre o futuro da infraestrutura digital e saber como as empresas em todo o mundo estão a tornar esse futuro uma realidade.
[1] Introducing Meta: A Social Technology Company
[2] Microsoft to acquire Activision Blizzard to bring the joy and community of gaming to everyone, across every device
[3] The titans of the Metaverso have a bandwidth issue