Inserido no âmbito da comemoração do 21º aniversário da ABANC, a conferência reuniu, no mês de dezembro, representantes das instituições financeiras angolanas, entidades de supervisão, consultoras e empresas tecnológicas. A abertura do evento esteve a cargo do administrador do Banco Nacional de Angola, Pedro Castro e Silva, cabendo o encerramento ao vice-presidente da ABANC, Francisco Santos Silva.
A banca do futuro será cada vez mais tecnológica, assumindo-se a cibersegurança como tema central dentro dos desafios de um mundo mais digital, frisou o CEO da Asseco PST. Daniel Araújo centrou a sua intervenção no papel dos novos players financeiros, nas oportunidades que se abrem ao mercado bancário angolano e na importância de melhorar a experiência do cliente.
Uma das principais consequências da transformação digital, segundo o gestor, será a radical alteração de funções dentro de cada banco, com a total automatização das tarefas hoje executadas por boa parte dos funcionários. O resultado será que em 10 anos metade das funções desempenhadas pelos atuais recursos humanos desaparecerão por completo. Em contrapartida, os avanços tecnológicos proporcionarão vantagens significativas ao nível da eficiência, rapidez e segurança das operações.
Por seu turno, João Gonçalves destacou a importância dos dados enquanto ativo valioso para o acompanhamento da atividade dos bancos, essenciais no processo de tomada de decisões e na oferta de melhor serviço ao cliente. Com técnicas analíticas avançadas (Advanced Analytics) é possível segmentar clientes com base no seu comportamento ou características específicas, criar ofertas de marketing personalizadas, detetar transações suspeitas ou até prever todo o valor que o banco irá retirar da relação ao longo da vida do cliente.
Além da Asseco PST, a conferência contou com intervenções de representantes da Boston Consulting Group, Standard Bank Angola, Finastra, Microsoft, Millennium Atlântico, BAI, Bodiva e BNA.