Abertura do painel Blockchain & Cryptocurrency Panel - Data Privacy & Management foi feita pelo moderado Pedro Borralho, Associated Partner da IDC Consulting & Partner da Zertive Consulting, que começou pela apresentação de alguns dados relevantes do IDC FutureScape: Worldwide Blockchain 2021 Predictions. Aqui é referido que embora não haja dúvida de que ainda há um desenvolvimento considerável, passamos de algo transformador e radical do blockchain e abordagens descentralizadas, para ver a tecnologia realmente aplicada a múltiplos usos disruptivos.
Pedro Borralho começou por referir que a missão da Utrust «Bring the power of digital currency to the worlds businesses and people», questionando quais os use-cases mais relevantes de digital currency e digital payments para a economia e para as empresas. Filipe Castro avançou que em termos de missão a Utrust pretende realmente trazer o poder do digital currency para as empresas e acrescenta que a melhor forma de o fazer é a criar condições para o uso destas tecnologias nos seus negócios. Tal como Filipe Castro referiu, a Utrust «integrates really well with your existing payments channels», explicando que facilita a integração e aceitação de diversos canais de pagamentos.
Foi Filipe Castro quem passou a palavra ao restantes oradores, questionando se acreditavam que o caminho das empresas é nos digital payments, tendo Fred Antunes, CEO da RealFevr, avançado que é necessário esclarecer algumas das definições principais que englobem os digital payments, como crypto payment e digital asset payment, assim como, CBDC - Central Bank Digital Currency - e cryptocurrency - que encontram na descentralização o seu ponto comum. Acima de tudo, no futuro, há que ter consciência de qual o caminho a seguir e qual é o mais importante, refere ainda o CEO da RealFevr. No fim destaca que, saber a diferença e o impacto dos vários conceitos é mandatório, uma vez que estamos a falar de caminhos diferentes (euro-digital e cryptocurrency) e ambos precisam de coexistir num futuro próximo.
De seguida, foi Pedro Febrero, Head of Blockchain da RealFevr, que avançou de imediato que concorda que os digital payments irão recorrer ao Blockchain, tanto em termos de cryptocurrency como em termos de CBDC. No entanto, Pedro Febrero, falou ainda sobre o facto de um Estado de um país manter o controlo das políticas monetárias e fiscais. Pedro Febrero focou-se ainda na preocupação com Banca Tradicional, já que estes terão de mudar os seus serviços, uma vez que - explica - com o CBDC os consumidores terão acesso ao banco central, sem necessidade de intermediários. O Head of Blockchain falou ainda de quais os caminhos que a Banca Tradicional deveria seguir, concordando também com Fred Antunes, na medida em que haverá a coexistência entre digital currency, como CBDC, e cryptocurrency decentralized, servindo diferentes pessoas e diferentes propósitos.
A conversa sobre Blockchain e Cryptocurrency, quais os caminhos a seguir e de que forma as empresas se devem adaptar, com destaque para uma mudança de paradigma que deverá ocorrer, não só do lado da Banca, como do lado da Comissão Europeia. Filipe Castro referiu que: ainda que todos estes conceitos possam parecer confusos, independentemente do que seja o futuro e qual o caminho a adotar, empresas como a UTrust e a RealFevr estarão lá para educar e ajudar as empresas e outras instituições.