A Cibersegurança sempre foi importante, mas, depois de os colaboradores começarem a trabalhar a partir de casa, passou a ter outra relevância para as organizações.
Num cenário pós-pandémico é, agora, claro que o workplace será, sempre que possível, híbrido e móvel. A responsabilidade de manter as redes seguras, garantir que os sistemas permanecem resilientes contra violações e tomar várias medidas para proteger os dados e a sua integridade de ameaças cibernéticas, é cada vez mais importante, uma vez que os cibercriminosos estão mais ousados nas suas tentativas de invadir os sistemas. Além do mais, a recente pandemia abriu possíveis pontos de brecha que, antes, poderiam não existir na organização.
Fragilidades Antigas
Nuno Cândido, Infrastructure Solutions Senior Manager da Noesis, diz que “um grande número de ataques do ano passado não se deu apenas por causa da pandemia ou ao facto das pessoas trabalharem remotamente, mas a um conjunto mais diverso de fatores. Em termos de segurança, não houve tempo para adaptar ou implementar processos e ferramentas que permitissem suportar esta mudança tão repentina; tem de existir prioridades e isso levou a que as empresas ficassem mais desprotegidas, causando mais ataques”.
Investimento Estruturado
Nuno Cândido, revela que “o mercado nacional ainda está atrás do mercado internacional. No entanto, temos assistido a um aumento significativo da prioridade do investimento em cibersegurança. Também vejo que temos um país que navega a várias velocidades, ou seja, as grandes empresas têm consciência e investimento de forma estruturada, e depois temos o mercado mais baixo em que a situação é muito diferente e onde é preciso um amadurecimento para que seja possível implementar processos eficazes”.
Tendências Para 2021
Com um mundo em constante mudança, muitas são as tendências que existem à volta dos sistemas de informação. Na cibersegurança não é exceção e as organizações devem adaptar-se a novas realidades neste segmento.
Nuno Cândido refere que “se vai dar continuidade à adaptação à realidade de teletrabalho e são esperados investimentos em soluções empresariais para dar resposta a este novo paradigma. Creio que as PME vão ter de aumentar bastante o investimento em cibersegurança; muitas delas tiveram de aumentar a sua exposição online e o segundo passo é começarem a sofrer ataques, perdas de negócio, e terão de começar a ter muita atenção à questão da segurança”.