O Impacto do 5G na Inovação Digital, NOS no IDC Futurescape 2022
Perceber que o 5G traz consigo a possibilidade de aceder a um grupo de funcionalidades e capacidades associadas a outras tecnologias que, no seu conjunto, contribuem para a transformação digital. Eis a consideração principal da apresentação feita por João Ricardo Moreira, administrador NOS Comunicações durante a mais recente edição do IDC FutureScape.
Este responsável acredita que o 5G deve ser entendido pela sua capacidade de introduzir características muito próprias na transformação digital, com destaque para três delas:
- A capacidade de suportar comunicações massivas entre máquinas (no futuro, por exemplo, uma simples parede tenderá a ter sensores de temperatura e humidade do ar e tudo isto será ligado a uma rede vasta de comunicações);
- Uma enorme largura de banda e uma rede que consiga suportar milhões de equipamentos;
- Uma menor latência, ou seja, menor tempo de resposta de interação com as redes; o 5G tem na casa dos 8 milissegundos e caminhará para ficar abaixo de um milissegundo, pelo que “o tempo de reação das instruções dadas a uma rede ou uma máquina caminha para níveis impensáveis”.
Mas, mais importante ainda do que o 5G isolado “é perceber que há um conjunto de outras tecnologias, todas elas nossas conhecidas, que ganham o seu momentum”, refere João Ricardo Moreira. A verdade é que big data, analytics, IA, “existem há muitos anos, mas, pelas características do 5G, estas tecnologias vão agora subir inúmeros patamares”.
E, afinal, em que é que o 5G pode contribuir para a transformação digital? “O impacto económico estimado do 5G nos diferentes setores é enorme”, diz o responsável da NOS que aproveita a sua apresentação para falar de quatro deles: indústria, retalho, logística e saúde.
Na indústria, por exemplo, o 5G traz garantias de resiliência, de segurança e de disponibilidade “que só uma rede com standard mundial pode garantir”.
Do lado do retalho, destaque para questões como eficiência energética, melhoria da experiência do cliente ou do controlo de stocks. Já na logística “há inúmeros exemplos de aplicação prática como a possibilidade de certificar a origem dos componentes fazendo o traking de ponta a ponta”.
Finalmente, na Saúde, “há uma revolução em curso também aqui” e, por exemplo, “quem sabe se as cirurgias não podem vir a ser feitas de forma totalmente remota, rentabilizando-se, assim, o tempo útil de um cirurgião.
Lembra João Ricardo Moreira que “a tecnologia está cá; o potencial é enorme e deverá ser entendido ao nível de uma revolução. Então, o que podemos fazer? Planear o futuro a longo prazo, mas agir já, e fazê-lo com boas parcerias”, defende ainda.
João Moreira
Board Member at NOS Comunicações, S.A.
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