Tendências do Comércio Digital: o que Esperar em 2021 – Acelerar o Comércio Digital

A pandemia moldou novos clientes e alterou de forma significativa as suas expectativas. Ao mesmo tempo, as marcas devem adaptar-se a um futuro que se faz cada vez mais presente, suportado na omnicanalidade e no crescimento do comércio eletrónico.

Tendências do Comércio Digital: o que Esperar em 2021 - Acelerar o Comércio Digital

“Economia Digital: Acelerar o Comércio Digital - novas estratégias e novos canais” foi o tema que deu mote ao mais recente debate promovido pela ACEPI e a IDC. 

Uma conversa onde se pretendia partilhar as principais tendências do comércio eletrónico em Portugal e, ao mesmo tempo, explicar o que tem vindo a acontecer, mudar e evoluir neste campo, nomeadamente no último ano.  

Joana Santos, Industry Head Retail & Travel - Interim da Google deixou algumas tendências que considera relevantes no que respeita ao consumidor pós-covid: “Houve alterações comportamentais, económicas, psicológicas e sociológicas, não sendo fácil antecipar o impacto de algumas delas.”  

Joana Santos recorda que todas as alterações que estão a acontecer e estamos a viver “têm impacto na nossa vida enquanto consumidores” sendo, por isso, “importante para as marcas conseguirem identifica-las”. A vida em 2021/2020 foi diferente do habitual e este cenário veio afetar rotinas, relações e necessidades. Nesse sentido, a responsável do Google considera que “embora o setor de retalho tenha visto um crescimento de procura dos seus bens, a verdade é que os protocolos com a segurança limitaram, em muito, as operações da maior parte dos retalhistas e isso levou a uma transição massiva para o eCommerce em Portugal”. 

Torna-se, assim, possível identificar algumas tendências determinantes, sendo desde logo a primeira “uma transição massiva da procura para o digital e a necessidade de novas estratégias para gerar entusiasmo na experiência de compra, que deve ser consistentemente boa independentemente do canal”.  

Os consumidores tornaram-se cada vez mais agnósticos ao canal e assumiram a omnicanalidade e estes “são hábitos que vão ficar com as pessoas agora e no futuro”.  Por outro lado, houve também uma alteração nos motivos de compra: “As sazonalidades mudaram e os grandes impulsionadores de compra são agora menos previsíveis”. Finalmente, destaque ainda para uma necessidade de o retalho adaptar o seu motor de negócio a esta nova realidade, criando “equipas mais preparadas para agir no imediato e com elevada capacidade de análise de dados”.  

Pedro Santos, head of Ecommerce da Sonae MC defende, por seu lado, que estamos a viver “tempos entusiasmantes”. E, se no passado o comércio eletrónico crescia em Portugal a dois dígitos à medida que o crescimento das vendas a retalho desacelerava, 2020 “pelos motivos que conhecemos, foi um ano de enorme alavancagem do eComm em que este cresceu muito significativamente mesmo já fora do confinamento”.  

A Sonae MC acredita que há um conjunto de hábitos que vão perdurar mesmo depois de passar esta fase e “o próximo normal traz grandes tendências como o omnicanal, a ultraconveniência, a inteligência de saber fazer negócio e a sustentabilidade”.  

Nesse sentido, as jornadas de compra tipicamente começam cada vez mais no digital, sendo que o Continente se posiciona como retalhista “que está com o cliente onde ele estiver e no canal que ele quiser”. No caso da ultraconveniência, passa por conseguir “dar aos clientes mais tempo para fazerem aquilo que mais lhes agrada e aproveitarem as coisas simples da vida”. Pedro Santos não deixa ainda de lembrar que a “confiança é um dos maiores e mais importantes ativos, que demora tempo a ganhar e se constrói com ações muito concretas ao longo do tempo”.  

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