Organizações Devem Aprender a Rastrear e Trabalhar a sua Informação

Vivemos num contexto muito mais intensivo em termos de dados e as organizações já se aperceberam dessa realidade. Importa agora ter capacidade para trabalhar o ativo “informação” e monetiza-lo de forma eficaz para assegurar efetivas mais-valias ao negócio.

Organizações Devem Aprender a Rastrear e Trabalhar a sua Informação 

O valor da informação, a forma de tratar os dados empresariais e a sua monetização, o que mudou nos últimos anos e a rápida evolução a que temos vindo a assistir. Temas que deram mote à conversa entre Fernando Bação, professor da Nova IMS, Universidade Nova de Lisboa e Gabriel Coimbra, Group Vice President and Country Manager da IDC Portugal na última edição do IDC Data Monetization & Management 2021. 

E, se antigamente o grande desafio das organizações passava por encontrar dados em quantidade suficiente para se conseguir fazer análises interessantes, mesmo com uma capacidade de processamento pequena, atualmente tudo mudou. O cloud, o big data e o crescimento exponencial dos dados dominam o mercado e apontam um novo paradigma. Fernando Bação lembra que vivemos num contexto muito mais intensivo em termos de dados e as organizações já se aperceberam dessa realidade. Perceberam também a importância do ativo “informação” para as suas atividades, mas falta ainda a muitas encontrar o caminho certa para mobilizar esses ativos.  

A monetização de dados pode ser encarada de forma interna – ou seja, utilizar os dados para uma melhoria dos processos, produtos e relação com o cliente – e de forma externa. Neste último caso, trata-se da possibilidade de criar novas fontes de valor através da comercialização desses dados que as empresas recolhem no âmbito da sua atividade. Mas o sinal vermelho acende-se neste campo, lembrando que a venda destes ativos tem de ser feita com consenso de todos os lados e em consonância com as disposições legais.   

Fernando Bação acredita que os grandes players já perceberam a importância dos dados que possuem e começam a desenvolver modelos de tratamento de informação. A esta realidade, associa-se o aparecimento e forte desenvolvimento de tecnologia deep learning com avanços muito significativos, mas numa zona estratosférica da tecnologia, que não está acessível a 99,99% das organizações mundiais. É algo muito restritivo de um conjunto de organizações que vão ganhar vantagem competitiva no mercado, numa primeira instância. A médio e longo prazo, essa tecnologia acabará por se disseminar entre outros players, com as grandes organizações a começar a comercializar os seus modelos. 

Mas, apesar dos cenários de forte desenvolvimento já traçados, importa não esquecer que muitas das empresas contam, para já, “com o mobiliário mais bem rastreado do que a sua informação algo que, nos dias de hoje, não pode de todo acontecer”, diz Fernando Bação. Ao fim do dia, o negócio das empresas são os dados e a informação e essa noção não pode (e nem deve) ser relegada para segundo plano. 

IDC Data Monetization & Management maio 2021, Lisboa
Gabriel Coimbra

Gabriel Coimbra

Group Vice President and Country Manager at IDC

https://www.linkedin.com/in/gcoimbra/

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