As democracias modernas lidam com um dos maiores desafios para a sua própria sobrevivência: a torrente de Informação produzida a partir de dados, nem sempre claros e objetivos.
As muitas fontes de informação existentes e a proliferação das conclusões obtidas a partir delas levam a crer que temos pela frente um dos maiores desafios na construção de sistemas de apoio à decisão.
Quanto tais decisões se colocam no plano social, na escolha das melhores soluções num sistema eleitoral e democrático de apoio à organização de um país, a literacia e a capacidade de leitura de tal informação pelo utilizador comum constitui um elemento central.
Produzimos e armazenamos dados, e depois?
A sociedade atual é caracterizada pela elevada capacidade de produzir e armazenar dados. Mas, no entanto, esta crescente capacidade não se traduz num aumento da utilização dos mesmos para a produção de informação.
Por outro lado, são várias as ONG (organizações não-governamentais) que produzem grande volume de informação que, apesar de muito relevante, não chega ao domínio público.
Seja pela fraca divulgação, pela falta de tratamento ou pelas deficientes interfaces concebidas, existem enormes volumes de dados que não chegam aos cidadãos que ajudaram a financiar a criação desta mesma informação.
Deste modo, é pertinente aferir até que ponto o atual estado da disponibilização da informação e a sua visualização, especialmente em forma gráfica, pode ser utilizada quer enquanto meio de consolidação do conhecimento, quer enquanto suporte à decisão.
É possível criar sistemas de apoio à decisão suportados por dados objetivos, mesmo para o utilizador comum da Informação produzida?
Na vertente prática e, em particular, nas sociedades de índole democrática e suportadas por decisões dos eleitores, podemos apresentar algumas abordagens de representação analítica de informação relevante.
Em especial, podemos disponibilizar, recorrendo a ferramentas SAP BusinessObjects, interfaces gráficas que ajudem a transformar estes dados em informação útil e, desse modo, suportar as decisões a tomar, por exemplo, pelos eleitores, em processos de escolha democrática.
Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) desenvolvidos neste âmbito podem ajudar a essa tomada de decisões, seja por parte do eleitor, ou por outros agentes económicos ou sociais, para quem os indicadores estatísticos das economias ou países sejam relevantes e possam, naturalmente, ser traduzíveis, em linguagem corrente e compreensível, independentemente, da maior ou menor literacia de tais agentes económicos e sociais.
Aliás, como sabemos, o atual contexto social, político e económico tornou-se cada vez mais complexo, e a nossa capacidade de assimilar a informação que nos chega pelos meios de comunicação é limitada. Mesmo para decisores 'informados', as fontes de informação são múltiplas e algumas mais fidedignas que outras.
Conseguimos resolver esse desafio?
Conseguimos, pelo menos, contribuir para a construção de uma solução com recurso à visualização da informação e da visualização analítica, em particular quanto ao modo como se abordam grandes quantidades de Informação.
No essencial, trata-se de assegurar uma mais rápida assimilação de conteúdos, lidando do melhor modo com a torrente de informação existente e encontrar mecanismos de a transmitir de forma objetiva, intuitiva e percetível.
Um desafio, sem dúvida.
Recorrendo, por exemplo, à informação de EuroStat, como instituição credível e único fornecedor de estatísticas a nível europeu, pode ser possível transmitir a objetividade e credibilidade necessária e essencial. Estes dados podem ser um ponto de partida para a criação do um Sistema do Apoio à Decisão.
Criar um Dashboard que ajude a aclarar a situação de um país nas vertentes Social, Educacional e Desenvolvimento, Económica e Financeira, e que o faça de forma clara.
Trata-se de permitir ao utilizador "descobrir" a informação por si mesmo ou poder ter acesso à informação de forma móvel, tendo uma ideia geral da situação educacional, social, económica e financeira de um país.
Pretende-se que suscite curiosidade. Querer investigar e saber mais. E que esta informação, depois de observada e interiorizada, produza o conhecimento para poder tomar decisões mais conscientes e informadas.
Ao colocar-se as TI ao serviço dos cidadãos, ao ajudar a clarificar alguma dessa Informação, estaremos a contribuir para que os processos de tomada de decisões sejam mais sustentados.