O desenvolvimento tecnológico e a cada vez maior capacidade de captação de dados, obrigam as organizações a desenvolver soluções de análise de dados que melhorem o seu processo de tomada de decisão. Assim, torna-se imperativo acompanhar as tendências tecnológicas, ter fontes de dados novas e diversificadas, processar dados em tempo real, analisar padrões, sem esquecer a componente preditiva, cada vez mais acessível com recurso a modelos que combinam inteligência artificial e análise de dados, para que as organizações se mantenham competitivas e capazes de dar resposta às exigências do mercado.
Desta forma, os novos sistemas de comunicação e informação têm como objetivo melhorar exponencialmente o quotidiano das pessoas e das organizações. Agora é possível tomar decisões, em segundos, suportadas na análise de elevadas quantidades de dados. Contudo, este cenário apresenta também novos desafios às organizações: a quantidade crescente de dados que é gerada, o número de fontes cada vez maior, a forma como os dados são estruturadas e as conexões entre diferentes sistemas.
Neste sentido, os dados são um dos principais ativos das organizações e, dependendo da sua maturidade, é possível implementar uma estratégia que permita transformar dados complexos em insights claros e úteis. Pois, estes permitem acompanhar os investimentos, alcançar a eficiência dos ativos, fazer previsões e recomendações e desenvolver produtos e experiências.
Cabe às organizações aproveitar estes dados e transforma-los em “inteligência” para o seu processo de tomada de decisão. De acordo com a IDC, mais de 50% das organizações nacionais já utilizam ferramentas de business intelligence e analítica de negócio, no entanto, a adoção de soluções de big data e inteligência artificial apresentam taxas de adoção mais reduzidas (cerca de 35% e 18% respetivamente).
Desta forma, as organizações nacionais que adotem iniciativas de transformação digital para reformular os seus negócios e, em simultâneo, reestruturar os seus sistemas, devem ter em conta as tecnologias de big data, analítica e inteligência artificial, enquanto elemento central desta transformação.
Perante esta nova realidade tecnológica, o potencial dos dados deve ser valorizado pelas organizações, especialmente em mercados B2B, onde as interações são diversas, com prazos curtos e onde a utilização correta dos dados se torna essencial para uma tomada de decisão imediata e informada. Por outro lado, ter um conhecimento profundo do cliente leva as organizações a responder de forma mais adequada e personalizada às suas necessidades.
Desta forma, as organizações devem continuar a apostar em estratégias de transformação digital, com foco em soluções objetivas, sustentáveis, inteligentes e preditivas, para que se tornem diferenciadoras no mercado. Para aumentar a competitividade, é necessário estabelecer compromissos entre o que o negócio necessita e o que os sistemas tecnológicos podem efetivamente entregar.
Neste sentido, nos dias de hoje, a integração de informação e definição de modelos de intelligence são os principais focos de inovação das organizações, assistindo-se a um investimento crescente em arquiteturas orientadas para a integração de dados a partir das mais diversas fontes. Torna-se também fundamental o investimento na gestão da mudança e no desenvolvimento de competências, para que acompanhem a inovação na área de Business Intelligence e Analytics.
Do ponto de vista dos decisores, o foco deve estar orientado não para a tecnologia mas para a concretização do valor que estas soluções oferecem, principalmente, no apoio à decisão. Embora este não seja um tema recente, a questão da democratização da informação é de grande relevância, uma vez que continuamos a observar em várias organizações o desenvolvimento de silos de informação, maioritariamente fechados nos tecnicismos do IT.
Uma solução de Business Intelligence moderna permite ao utilizador a liberdade, seja ele do IT ou do negócio, de procurar, combinar e relacionar a informação que necessita de forma simples e intuitiva. Em suma, o grande desafio das organizações em 2020, será focarem-se na mudança obrigatória de mentalidade sobre o valor dos seus dados, percebendo que estes têm valor acrescentado e impacto determinante nos resultados do seu negócio.
Assim, é urgente considerar os temas de Data, Analytics e AI, uma prioridade em qualquer processo de transformação digital.