Transição Digital Pós-Pandémica em Portugal
O último ano e meio foi sinónimo de um período complicado em todo o mundo e Portugal não é exceção. A pandemia veio trazer novos desafios a vários níveis, nomeadamente no que à tecnologia diz respeito. André de Aragão Azevedo, Secretário de Estado Transição Digital veio ao IDC Directions® 2021 falar dessa temática numa apresentação sobre a “Transição digital pós-pandémica”.
O governante defende que “a existência de um plano de ação nos ajudou muito neste processo”. O plano foi apresentado em março 2020 e surgiu sustentado em três grandes pilares:
- pessoas (capacitação e inclusão digital das pessoas),
- empresas (transformação digital do tecido empresarial),
- estado (digitalização do estado).
O objetivo era (e é) apenas um: colocar Portugal enquanto referência internacional em matéria de digitalização, construindo “em cima das múltiplas iniciativas já em curso, mas juntando novos projetos e novas ideias”, diz André de Aragão Azevedo.
Nesse sentido, destaque para o objetivo comum de mobilização coletiva para contribuir para um Portugal mais digital e para o compromisso de promover o país a nível nacional e internacional.
Em jeito de balanço, o governante destaca “a interessante dinâmica de info-inclusão para todos podermos continuar a fazer a nossa vida num novo normal que implicou um conjunto de condicionamentos”. Neste campo, baixou a percentagem de infoexcluídos de 22 para 18%.
Nas empresas, destaque para uma forte aceleração da sua digitalização, subindo de 40 para 70% no espaço de um ano, o que representa uma tomada de consciência de que “a abertura ao digital é um fator de catalisação da nossa competitividade.
Mas, no futuro, há ainda espaço para trabalhar: “Só 25% das empresas têm uma efetiva integração entre loja física e online e só 27% têm uma estratégia digital bem definida.”
O Secretário de Estado da Transição Digital não deixou de sublinhar o esforço das startups ao longo da pandemia “que conseguiram viver em contraciclo com 41% a apresentar uma perspetiva de crescimento e 71% dizer que trabalharam normalmente”.
No âmbito do trabalho que está a ser desenvolvido pelo Estado, zoom in dos três pilares e 12 medidas emblemáticas “que estão bem encaminhadas para serem cumpridas dentro desta legislatura e que, em 2021 estarão com uma fase de implementação muito avançada”.
André de Aragão Azevedo falou ainda do contributo que as várias componentes do PRR podem dar. Trata-se de um investimento total de 16 mil e 600 milhões de euros. Deste valor, “o investimento afeto à transição digital é de 3179 milhões de euros”, disse.
O secretário de estado lembra, a terminar, que “temos que acreditar mais em todos nós, saber que os bons resultados não são fruto do acaso, mas antes de uma estratégia digital planeada e de uma mobilização coletiva enquanto país, para um objetivo comum que é fazer de Portugal um país mais digital. “