Em crescente contexto, exigente, de escassez de recursos, em particular, em algumas áreas de domínio técnico e informático – segundo a União Europeia, dezenas de milhar de profissionais são necessários nesta área, por toda a Europa, nos próximos anos – até que ponto, vocação e ofício se sobrepõem?
Procuramos realizar vocações ou encontrar um ofício? No essencial, a formação universitária pode até não ser necessária, se a base profissional for sustentadamente prática e assente em escolas técnicas de referência. Por outro lado, a passagem pelo meio académico constitui – não obstante – uma oportunidade de reforço da maturação de competências técnicas e humanas. Uma oportunidade a não descurar.
Para nós, que hoje, e no dia a dia, trabalhamos em projetos nacionais e internacionais, reconhecemos que uma competência crítica – por vocação ou ofício – é “ajudar”. Dar suporte. Apoiar.
Será certo que tal poderá não ser tema de “matéria” universitária ou uma referência técnica nos manuais de informática ou gestão. Mas é crítica no mundo atual. Para clientes e fornecedores. Para parceiros e colaboradores.
Ajudar enquanto vocação é melhor ainda. É natural. Necessariamente trabalhado ao longo do tempo. Treinado. Desenvolvido. Mas será sempre um pouco mais espontâneo do que a competência artificialmente criada para o efeito. No nosso caso, em particular, ajudar faz parte do próprio negócio da empresa. É, em grande medida, o nosso métier. Por exemplo, recentemente, em contexto de projetos internacionais, reforçamos a nossa presença com a atualização de um serviço que prestamos a nível global. Planetário: A sua designação? Support! Em português: “Apoio”, “Assistência”, “Ajuda”. Ajudar é o nosso ofício. Em várias línguas. A nossa vocação.
Por isso, quando pensamos em profissões de futuro, desafios, oportunidades ou outros caminhos vocacionais, quando as escolas recebem os seus alunos pela primeira vez em novas experiências, ou as universidades acolhem futuros profissionais, porque não escolher “Ajudar!”?
Jorge Lourenço
Jorge Lourenço tem mais de vinte anos de experiência em tecnologias da informação, nomeadamente nas áreas de data science, e, em particular nos domínios de SAP Analytics, na qual se tem especializado, nos mais diversos setores de atividade: da saúde ao retalho, da indústria a organismos públicos, desenvolvimento e regulação, das telecomunicações aos serviços. Foi e é consultor internacional convidado em vários domínios de intervenção, sendo sócio fundador de várias empresas de serviços empresariais e de tecnologias, das quais se destacam a Snapspace ou a REBIS, onde assume ainda o papel de Chief Technology & Innovation Officer e Co-CEO.