Os Cinco Elementos para o Futuro da Confiança

Com a ajuda de Frank Dickson da IDC, explore os cinco elementos da hierarquia de confiança nas organizações e que permitem às empresas garantir vantagens competitivas.

Os Cinco Elementos para o Futuro da Confiança

Com a ajuda de Frank Dickson da IDC, explore os cinco elementos da hierarquia de confiança nas organizações e que permitem às empresas garantir vantagens competitivas.

A Confiança não é um conceito novo para as organizações; desde a violação de dados, que é algo bastante divulgado, até ao uso inadequado de informações de clientes, as organizações empresariais sabem o custo que a perda da confiança do lado dos clientes pode vir a implicar.  

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A Confiança começa a ser uma temática que preocupa já os administradores à medida que a própria linguagem também se vai alterando. De acordo com uma pesquisa IDC, junto de vários CEOs, realizada em 2019, os programas de confiança digital são o item mais importante da agenda nos próximos cinco anos. Melhorar a sua própria estratégia de confiança e reputação não é a única coisa em que os líderes de negócios estão interessados; eles estão também cada vez mais cientes da importância da reputação dos seus fornecedores de tecnologia. Assim, 90% dos CEOs consideram a Confiança entre a sua organização e os seus fornecedores de tecnologia como algo "extremamente importante" ou "muito importante". 

Os líderes de negócio e os fornecedores de tecnologia precisam desenvolver técnicas para fomentar a Confiança e saber como a alcançar para terem sucesso na economia digital. 

O Futuro da Confiança 

Em termos básicos, a confiança é uma condição que (1) permite que as decisões sejam tomadas (2) ocorre entre duas ou mais entidades (3) deve ter em conta um nível de certeza daquilo que é o risco quantificável e a reputação subjetiva para que uma troca de benefícios mútuos ocorra. Tradicionalmente, a Confiança aplicada aos negócios deverá estar centrada numa conversa sobre segurança. 

O futuro da Confiança significa que esta implica agora uma conversa de nível mais elevado e na qual devem ser abordados tópicos como o risco, a conformidade, a privacidade e até mesmo a ética nos negócios. Esses elementos transformam a conversa, que passa do conceito “o que pode uma empresa fazer” para evitar resultados negativos, para o conceito “o que tem mesmo de fazer”. Portanto, as abordagens tradicionais de segurança, risco, conformidade e privacidade enfrentam desafios a diferentes níveis. 

Os Cinco Elementos da Confiança

Existem cinco elementos ao nível da Confiança que devem ser considerados ao abordar os requisitos de mudança neste campo. Cada um desses elementos é complementar entre si, criando uma hierarquia de necessidades de Confiança. Abordar todos esses elementos permite às organizações alcançar resultados de Confiança que a promovem enquanto um todo.

Da base para o topo da pirâmide, eis os cinco elementos a considerar: 

IDC 2020
IDC 2020

1. Risco 

O risco é o nível base da Confiança; ele tem uma capacidade de visibilidade e de probabilidade de vir a ocorrer algum tipo de resultado. E, na verdade, seja ele um resultado positivo ou negativo, pode vir a afetar a confidencialidade, a integridade, a disponibilidade, a produtividade ou a receita. 

A fórmula do risco é, em si mesma, uma orientação para identificar as coisas menos desejáveis ​​que podem acontecer e, igualmente, uma maneira simples de pensar de que forma as empresas podem lidar com o risco e aumentar a Confiança. 

No entanto, ao nível do futuro da Confiança, as organizações precisam ir além daquela que é a definição clássica de risco. Eles precisam pensar sobre questões com o a visibilidade e a transparência: a necessidade de avaliar o ambiente interno e externo para avaliar até mesmo perigos potencialmente ocultos ou desconhecidos nos quais confiar. Por exemplo, uma perda de participação no mercado, devido à incapacidade em responder aos requisitos de responsabilidade social dos clientes, não é entendido como ameaça à segurança, na sua definição mais clássica. Já uma fórmula que inclui transparência reconhece a importância de avaliar todos os fatores ou ações possíveis que possam reduzir ou melhorar a Confiança interna ou externa. 

2. Segurança 

Uma vez que as empresas construíram a sua base de Confiança por via de uma avaliação contínua de risco, elas podem começar a lidar com os itens de Confiança obrigatórios. Um desses itens obrigatórios é o segundo elemento da Confiança: a segurança. A proteção dos ativos de TI, independentemente de serem dados, aplicações, rede ou dispositivos, é um requisito fundamental, que geralmente é considerado obrigatório pelo departamento jurídico ou de tecnologia de uma empresa. A falha em proteger esses ativos pode resultar em violações desastrosas e do conhecimento publico, que podem fazer com que clientes, parceiros e partes interessadas percam a confiança na organização – e, consequentemente, que a organização perca vantagem competitiva e receitas. 

3. Conformidade 

A conformidade regulatória e de políticas é descrita como outra das “tarefas obrigatórias”, pois estes são requisitos importantes para fazer negócio. Conforme descrito acima, é extremamente importante confiar na proteção dos ativos de TI. Ora esta mesma proteção de ativos, sejam eles dados, aplicações, rede ou dispositivos, é um requisito fundamental, que geralmente é considerado obrigatório pelo departamento jurídico ou de tecnologia de uma empresa. Por exemplo, as organizações que aceitam cartões de pagamento devem cumprir o Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento (PCI DSS) ou perdem a capacidade de receber pagamentos por meio de cartões de crédito ou débito. Obedecer a esse padrão, incluindo a criação de procedimentos e a realização de avaliações regulares, é um requisito para fazer negócios. 

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Independentemente de onde venha a procura, a conformidade continuará a fazer parte do futuro da Confiança. O que as empresas devem entender é que esses requisitos obrigatórios (segurança e conformidade) só crescem na proporção exata em que as ameaças à Confiança se expandem. Os regulamentos, padrões e requisitos de supervisão não vão diminuir e o seu não cumprimento é uma dupla ameaça: a conformidade geralmente oferece algumas proteções contra ameaças e agentes mal-intencionados, e o não cumprimento leva a incorrer em custos e penalidades (incluindo perda de confiança da marca se essas falhas se tornarem públicas). 

4. Ética e Responsabilidade Social 

Se tiverem fundações sólidas e derem atenção especial aos elementos obrigatórios, as organizações passam a poder concentrar-se então nos elementos estratégicos do futuro da Confiança e que trazem verdadeiras vantagens competitivas. Focar na ética e na responsabilidade social é uma mudança de perspetiva; enquanto os elementos anteriores permitem que as organizações identifiquem, antecipem e evitem resultados negativos, a ética e a responsabilidade social oferecem uma oportunidade de criar resultados positivos. 

Os consumidores estão realmente dispostos a “premiar” para obter insights e informações sobre os produtos que consomem. Por ser transparente sobre as decisões de negócios, como a sua cadeia de fornecimento, a organização pode obter uma boa vantagem competitiva. O distribuidor francês Carrefour descobriu isso ao criar uma rede blockchain para mostrar de que forma os seus produtos avícolas passam da quinta para a loja. Os consumidores aumentaram a compra de aves do Carrefour, já que têm a possibilidade de rastrear todos os movimentos e ver se estes produtos estão a ser produzidos e vendidos de forma ética. 

5. Privacidade 

Assim como a ética e a responsabilidade social, o foco na privacidade do cliente / partes interessadas é uma oportunidade de alavancar elementos de confiança para criar resultados organizacionais positivos. Dar indicações claras de que proteger os dados e os direitos dos clientes é uma prioridade, gera boa vontade do lado dos consumidores, que ficam mais propensos a permanecer leais à marca. 

Criar Confiança 

Visto que o futuro ambiente de Confiança introduz novos elementos que vão além das ideias tradicionais de segurança, risco e conformidade, a IDC propõe três novos resultados: Comércio habilitado para a Confiança, Ecossistema confiável e Governança confiável. A Confiança significa maximizar o retorno e implica um impacto diferenciado nas receitas, despesas e valor para o acionista. 

A IDC vai explorar com maior detalhe o que estes novos resultados de Confiança proporcionam à organização e como pode conseguir vantagens competitivas através deles. Procure os nossos estudos mais recentes.  

Pronto para compreender o futuro da Confiança? 

O futuro da Confiança traz a oportunidade de os fornecedores de tecnologia e líderes de negócios competirem na economia digital. Os fornecedores de tecnologia devem lembrar-se que esses três elementos não podem nunca ser abordados de forma individual; eles estão organizados de acordo com uma hierarquia que aumenta o seu valor comercial sustentável. 

Na IDC, acreditamos que o futuro da confiança é uma componente crítica para a nova agenda do CEO e um elemento diferencial na economia digital. É por isso que é uma das nove novas práticas de pesquisa que estamos a lançar este ano. Saiba mais sobre o futuro da Confiança e o valor que ela pode ajudar a criar na sua empresa, na nossa pesquisa mais recente nesta área.  

Este tema será central no IDC Security Roadshow que se realiza já dias 21 e 22 de abril.

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