#37 Future Enterprise Show com Luís Vaz Henriques

É um dos setores do qual mais de fala, daqueles que mais procura investimento, mas onde, em matéria de tecnologias, está ainda (quase) tudo por fazer. Luís Vaz Henriques, IT/IS Diretor na Lusíadas Saúde traça o cenário de uma área que se quer, cada vez mais, tecnológica.

#37 Future Enterprise Show com Luís Vaz Henriques

A Saúde é tema incontornável da sociedade moderna e, quando a ela se juntam as tecnologias, a conversa não podia ser menos do que interessante. Na mais recente edição do Future Enterprise Show, o convidado é Luís Vaz Henriques, IT/IS Diretor na Lusíadas Saúde que aborda os principais desafios do setor e a sua experiência nas tecnologias, ao longo de um debate moderado por Gabriel Coimbra, Group Vice President and Country Manager da IDC e Fernando Bação, Professor Catedrático na Nova Information Management School. 

Fazendo uma retrospetiva de vida, e pensando nos momentos mais marcantes, Luís Vaz Henriques fala, desde logo, no facto de ter sido seminarista “com uma educação mais severa e que marcou e determinou o meu futuro, pela positiva”. Outra marca indelével foi deixada pela sua família: “Tive valores muito fortes dados pelos meus avós e pelos meus pais e muita sorte com o meio familiar”. Não menos importante, o facto de ter sido praticante de artes marciais, nomeadamente Karaté, “que me deu a tranquilidade e a calma necessárias para saber respirar e pensar antes de falar”.  

Em termos profissionais, os destaques vão para a chegada a Lisboa, aos 18 anos e o encontro com o professor Legatheaux, pai da Internet em Portugal, mas também com outras referências na Faculdade de Ciências. Mais tarde, já no Técnico, foi tempo de fazer investigação em IA “e, só então, completar a formação académica no ISEG”.  

IDC Future Enterprise Show setembro 2022, Lisboa

Tudo somado, ajudou a definir e a marcar o percurso profissional do atual IT/IS Diretor na Lusíadas Saúde que acredita, no entanto, que “um bom líder não é aquele que lidera sozinho, mas sim aquele que tem uma grande equipa e consegue criar nela emoções positivas e oferecer um bom ambiente de trabalho”.  

A Saúde versus os outros setores 

Luís Vaz Henriques recorda que passou pelas grandes transformações da banca, por via dos seus 10 anos ca Caixa Geral de Depósitos: “Lá fiz tudo o que havia para fazer do ponto de vista de redes e base de dados; foi o momento em que as tecnologias estavam a crescer e nós criámos toda a rede e aplicações do edifício da João XXI, a entrada da rede de IP, a passagem das token rings, etc”.  

Alguns anos mais tarde, já depois de passar pelas consultoras, este responsável abraça novos desafios num setor diferente, e entra na então PT, “com responsabilidades de direção de primeira linha em várias áreas diferentes: webização do mundo PT, criação e lançamento do primeiro site internet ou dos primeiros datacenters e, finalmente, a liderança das equipas de TI no lançamento do MEO”.  

A chegada à Saúde, em 2013 tem muito a ver com o facto de sentir que este “é o setor mais interessante e mais desafiante para estar, do ponto de vista das tecnologias”. A verdade é que “temos tecnologia em todo o lado, mas na saúde pouco o nada sabemos do nosso corpo, por antecipação”. E, é tão ou mais importante, “saber que, se o sistema falhar, mais do que “apenas” dinheiro, aqui perdemos vidas humanas”. 

Talvez por isso, Luís Vaz Henriques olhe para os próximos anos na Saúde como um período repleto de desafios importantes, a começar, desde logo, na efetiva e eficaz “definição dos processos”. 

O futuro poderá ainda trazer à Saúde as mais-valias da nanotecnologia e da microtecnologia evitando, por exemplo, “a realização de cirurgias como as que hoje em dia se conhecem”.  

Não menos importante, toda a área de blockchain, “que nos traz as questões da segurança” e que vai muito além das bitcoins, direta “à sua tecnologia core e à cadeia encriptada de dados”. 

Antes de terminar, ficaram ainda três sugestões de leitura, totalmente distintas:  

  • “Vive o suficiente para viver para sempre”, de Ray Kurzweil, com uma interessante perspetiva sobre a vida eterna, mas não só;  
  • “O sonho de Polifilo”, um sonho sobre um jardim encantado onde o Polifilo se perde à procura da sua amada, mas com descrições muito precisas dos cheiros, dos perfumes, das cores “e de tudo o que conduz à descoberta das emoções, que devemos transportar também para a nossa vida”; 
  • Um conjunto de 13 livros sobre a geração Ptolemaica.  

O FES, iniciativa da IDC Portugal e da Nova IMS, com o patrocínio da Nexllence, aborda temas relacionados com o futuro das organizações, numa economia cada vez mais digital. Future Enterprise é a framework da IDC para o futuro das organizações, que se querem resilientes, mas também mais ágeis e capazes de inovar de forma continua e em escala numa economia mais digital.

Pode também assistir ao episódio completo aqui : Spotify​ , Google Podcasts  ou outras plataformas.    

Gabriel Coimbra

Gabriel Coimbra

Group Vice President and Country Manager at IDC

https://www.linkedin.com/in/gcoimbra/

Fernando Bação

Fernando Bação

Professor Catedrático na Nova Information Management School

https://www.linkedin.com/in/fernando-ba%C3%A7%C3%A3o-4024152/

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