Sabia que, em 2022, foram produzidos, globalmente, 97 zettabytes de dados e que se prevê que este número cresça para 181 zettabytes, em 2025 (Statista)? O que andam as empresas a fazer com a quantidade astronómica de dados que todos nós geramos? Todos os dados são sinónimo de conhecimento? Como podem os gestores usar esta informação para garantir o sucesso das empresas?
Se, há uns anos, a gestão de empresas podia fazer-se com base em variáveis mais ou menos estáveis, hoje, ou mais concretamente desde a situação pandémica que nos afetou a todos, a gestão tornou-se muito mais difícil e complexa. As pessoas estão mais exigentes e informadas, e o mesmo acontece com os mercados que são hoje mais voláteis, assim como todo o seu ecossistema. Decorrente do ambiente de incerteza que vivemos, as variáveis de gestão tornaram-se mais complexas.
Já não restam dúvidas que o futuro é digital e pertence às empresas que melhor souberem transformar os dados em conhecimento para o negócio.
Por exemplo, à questão “Qual a melhor estratégia de gestão?”, não existe resposta imediata, pois diria que é a algo muito complexo. Existem sim boas práticas que podem ser parte da solução, como tecnologias capazes de ajudar os gestores a alavancar os seus negócios, mas a curiosidade é talvez o maior impulsionador do sucesso nos dias de hoje. A curiosidade dos humanos, quando combinada com as tecnologias disruptivas cada vez mais complexas, como os sistemas de Inteligência Artificial, consegue alcançar e criar as soluções mais inovadoras que são, muitas vezes, as mais eficazes e catalisadoras de mudanças positivas nas organizações.
O conceito VUCA é uma sigla em inglês, formada pela primeira letra das palavras: Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade). A origem do termo está no universo militar, mais precisamente no período pós-Guerra Fria. Na década de 1990, o exército norte-americano começou a usar a sigla VUCA para descrever os possíveis cenários e contextos de guerra. Deste modo, era possível fazer planos de contingência para agir em conformidade com cada situação.
Claro que com algumas nuances, estes conceitos são ainda hoje usados para descrever o mundo em que vivemos atualmente, um mundo de mudanças rápidas e com diversas condicionantes. As rápidas mudanças no mercado e no comportamento dos consumidores exigem agilidade, estratégia e precisão na hora de tomar decisões. Investir em soluções de Data Analytics e Inteligência Artificial é hoje sinónimo de mais conhecimento, mais flexibilidade e maior rapidez.
Com a velocidade a que as mudanças ocorrem, as empresas têm de ser hoje mais competitivas, inovadoras e criativas para acelerar o crescimento e competitividade. É, por isso, hoje fundamental olhar para as soluções tecnológicas como um dos pilares fundamentais para as organizações se manterem no mercado.
Eis algumas boas práticas que acreditamos serem parte da solução para o sucesso:
Reaprender a andar: precisamos de olhar para a nossa estratégia e, sempre que necessário, começar de novo e/ou readaptá-la. Nem sempre o primeiro caminho é o mais eficaz, se é preciso voltar atrás, volte antes que seja tarde demais;
Ter paciência e calma: tome decisões com base em dados reais e precisos;
Olhar com atenção (ver): olhar e ver não são a mesma coisa. Precisamos de mais olhares atentos para conseguirmos encontrar boas oportunidades, seja ao nível de talento, das soluções e tecnologias, das parcerias ou mercados onde entrar. Há um mundo de oportunidades, mas é preciso ter os insights corretos para conseguir identificá-las e correr menos riscos;
Pensar “fora da caixa”: é a única forma de as empresas sobreviveram e serem competitivas. Pensar diferente, pensar mais longe, é o que nos vai distinguir enquanto empresa, enquanto parceiros de negócios, e enquanto colaboradores. Não é algo fácil, mas é algo que a tecnologia coloca mais facilmente ao alcance de todos.
Os bons resultados pertencem às empresas que transformam os dados em conhecimento e que, com isso, criam oportunidades, tornam-se mais estratégicas e inovadoras.
- Artigo de opinião publicado no meio Dinheiro Vivo – Fevereiro, 2023