Future of Sourcing- Novo Paradigma
É hoje claro para as organizações que a correlação entre a introdução de tecnologia e os resultados do negócio é cada vez maior, por este motivo o sourcing de tecnologia é um aspeto crítico para a transformação digital e representa uma das principais preocupações das empresas.
Quando observamos aquilo que são as principais tendências da transformação digital, percebemos alguns aspetos com impacto muito significativo no sourcing:
- a procura de maior agilidade e rapidez através da adoção de modelos “Agile”.
- a internalização de competências tecnológicas estratégicas que conferem maior velocidade e diferenciação.
- a evolução para modelos de entrega focados no valor para o negócio numa lógica de IT-as-a-Service.
Tudo isto acontece num contexto em que a tecnologia evolui a um ritmo extremamente acelerado. Por tudo isto os modelos de sourcing têm de se tornar mais ágeis, evoluindo para o “Agile Sourcing”. O Agile Sourcing consiste num novo paradigma de um maior envolvimento de todos os atores – Negócio / IT / Procurement, de novas práticas mais ágeis e adaptativas e sobretudo um foco no contributo para os objetivos de negócio da empresa.
Embora seja unânime que o procurement de tecnologia é uma competência fundamental para a transformação digital das organizações, existem algumas barreiras para o que contributo do procurement seja visto como um efetivo enabler, ex.:
- Silos entre o procurement e o negócio / IT.
- Foco nas poupanças introduzidas e subvalorização de aspetos extremamente relevantes para o negócio, ex. contributo para as receitas ou para a eficiência operacional.
- Gap de know-how nas equipas de procurement relativamente às tecnologias da 3ª plataforma.
Neste contexto um dos principais desafios consiste em encontrar o melhor equilíbrio, a maximização das poupanças a extrair do processo de procurement e o desenvolvimento de relações de parceria com os fornecedores, assentes e medidas pelo valor criado. Para que isto aconteça é fundamental que o procurement faça um shift de um modelo em que o driver é o produto ou serviço para um modelo em que o driver é o tipo de negócio, a atividade particular ou as operações concretas. Transformando-se assim num procurement altamente especializado no negócio da organização que suporta.
Jorge Costa Reis
Associated Partner at IDC Consulting & Partner Zertive