Edge Computing – Os limites da “Nuvem”

O mundo dos negócios está cada vez mais orientado para os dados, as empresas geram-nos, trabalham-nos e conseguem tomar decisões mais rápidas e adaptadas aos seus clientes. Estes dados são gerados pelo IoT e todos os dispositivos conectados que dão origem a este conceito, sobretudo os M2M que vieram revolucionar a conectividade.

A conectividade de dados em grande escala traz a necessidade de uma maior largura de banda, que está já a ser preparada com a introdução do 5G, mas e em termos de infraestrutura? Como conseguimos dar resposta a tudo isto? É necessária uma maior capacitação e escalabilidade das infraestruturas on-premise, migrações para a cloud, estratégias de cloud híbrida e juntamos agora mais um elemento, o Edge Computing, uma nova camada que deve começar a ser seguida com toda a atenção pelos decisores.

De forma simples e rápida, o Edge Computing é o contorno daquela nuvem que todos imaginamos quando falamos em Cloud, em termos técnicos é uma arquitetura descentralizada e distribuída que coloca a infraestrutura mais próxima, ou mesmo integrada na origem dos dados.

O Edge traz consigo promessas aliciantes para as empresas no tratamento dos dados e analítica, ao contribuir para uma melhor gestão de recursos e reforço da conectividade, prevenindo que eventuais falhas locais afetem o sistema global. A largura de banda está diretamente ligada à latência e ao conceito de data prioritization, apenas uma pequena parte dos dados gerados pelos endpoint são relevantes, pelo que fazer esta gestão de recursos e filtrá-los permite poupar largura de banda assim como custos de transferência, o que potencia a análise de dados e decisões mais rápidas.

A segurança é também um dos tópicos chave no Edge no sentido em que ajuda a distribuir os dados de certificados, chaves, tokens por múltiplos nodes. Cada ponto de dados passa a ter requisitos de privacidade e segurança exclusivos.

Estes são apenas alguns benefícios que o Edge traz para dar resposta à evolução tecnológica, mas para as empresas, no final do dia, continua a ser o investimento envolvido o grande tópico. Neste ponto, as diversas visões são convergentes ao assumir que à medida que os dados são processados e transferidos para as gateways ou edge, os dispositivos tornar-se-ão progressivamente mais simples e baratos!

Apesar desta temática ter já um bom par de anos, está ainda numa fase de introdução no mercado. Na Noesis temos seguido o Edge Computing com particular atenção pois vem complementar a nossa oferta e reforçar o caminho que temos trilhado nas estratégias de Cloud, sobretudo Cloud híbrida que é a nossa grande aposta no âmbito das infraestruturas. Outro aspeto que torna este tema ainda mais relevante é a sua abrangência e capacidade de “tocar” em várias áreas que são chave para nós, desde o IT Management com processos de Automação à necessidade de capacitação de infraestrutura/field, networking e segurança.

A constante evolução tecnológica obriga as empresas a ter a sua infraestrutura de rede como prioridade. O desafio do Edge é um desafio de todos, para todos. O caminho vai sempre passar por estratégias que garantam a maior multiplicidade possível de recursos de computação e uma capacidade de armazenamento de dados otimizada.

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